O comércio internacional de milho está bastante aquecido. Com isso, em 2022, o Brasil deve voltar a romper a barreira das 30 milhões de toneladas exportadas do cereal — depois de fechar 2021 em 20,49 milhões de toneladas embarcadas para o exterior.
O cenário atual e a projeção da exportação do milho até o fim do ano foram analisados por Giovani Ferreira, diretor de conteúdo do Canal Rural, no boletim AgroExport desta semana. Entre outros pontos, ele valorizou os números parciais registrados de janeiro até a terceira semana de agosto.
Enquanto no comparativo com o consolidado de 2021 a exportação de milho deverá crescer em 2022, a importação tende a seguir o caminho oposto. Até o momento, o país importou 1,23 milhão de toneladas. No ano passado, o volume foi de 3,2 milhões de toneladas, recorde da série histórica iniciada em 2018. “Importação neste ano: na casa dos 2 milhões de toneladas”, pontuou Ferreira.
As exportações de milho do Brasil alcançaram 6,78 milhões de toneladas em setembro, mais que o dobro do volume de 2,85 milhões enviado ao exterior no mesmo mês do ano passado, quando a segunda safra havia sido afetada pelo clima, mostraram dados do governo federal
Os embarques do cereal em setembro, no entanto, foram inferiores ao recorde de 7,55 milhões de toneladas registrado em agosto, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O país colheu neste ano uma histórica segunda safra de milho.
Os embarques de milho do Brasil devem atingir 4,208 milhões de toneladas em outubro, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). No mesmo período do ano passado, o país havia exportado 1,873 milhão de toneladas do grão.
Já para a soja, a Anec estima 3,110 milhões de toneladas exportadas em outubro, contra 2,985 milhões de um ano antes. Para a exportação de farelo de soja, a expectativa é de um volume de 1,804 milhão de toneladas, ante 1,337 milhão em outubro de 2021.