Com a entrada no quarto trimestre do ano, começam a surgir, inevitavelmente, relatórios de tendências e sugestões de caminhos para responder àqueles que deverão ser os grandes desafios do mundo do Marketing. De acordo com o projecto “Globalization Deep Diver”, do The Drum, há cinco tendências globais a ter em consideração.
Num contexto de inflação e guerra, a UNCTAD (unidade de comércio e desenvolvimento das Nações Unidas) reviu em baixa a previsão de crescimento económico global para apenas 2,5% em 2022, o que representa uma descida em relação aos 3,6% previstos no ano anterior.
Para 2023, o cenário também não é animador: crescimento de apenas 2,2%. Perante estes desafios, eis as cinco tendências de consumo a que as marcas deverão estar atentas e pelas quais devem desenhar as suas estratégias:
Os consumidores não têm tempo para marcas
De acordo com o The Drum, o tempo gasto pelos consumidores em média com publicidade caiu para 54,6% do total, a nível global. E este número deverá continuar a cair. A saída será apresentar conteúdos “com intenção”, ou seja, que sejam relevantes e que tenham um objetivo.
Consumidores se importarão com marcas que realmente causem impacto em seu mundo
É mais provável que os consumidores apoiem marcas que invistam em temas sociais pelos quais tenham interesse. Isso quer dizer que fatores relacionados com o propósito das marcas, e com as suas preocupações com o Planeta, estão a se tornar elementos competitivos e diferenciadores. Mas não basta falar, os consumidores estão cada vez mais atentos ao impacto real.
Os consumidores desconfiados
A desconfiança é crescente: três quartos dos executivos a nível mundial dizem que se tornou mais difícil estabelecer uma relação de confiança desde a pandemia, de acordo com um estudo da Adobe. Um possível caminho seria apostar numa ligação mais próxima com a comunidade, por exemplo. Isso ocorre porque as marcas geralmente “não têm conectividade com a cultura, a comunidade ou seus consumidores”. Para mudar o cenário, é preciso impulsionar as relações humanas.
Maior confiança nos empregadores
Embora não confiem nas marcas, os consumidores parecem confiar nos próprios empregadores. No relatório “2022 Edelman Trust Barometer”, o empregador saltou para o topo da lista relativamente às pessoas ou entidades em quem mais confiam, ultrapassando governos, media, redes sociais e publicidade. Como a fonte mais confiável de informações, os funcionários estão exigindo ter uma voz na visão e na direção da empresa e esperam ver seus empregadores viverem seus valores ao responder a questões sociais críticas. Quando as empresas cumprem isso, os retornos são excepcionais, desde desempenho até colaboradores-influenciadores.
O preço estará em foco
Muitas marcas evitam abordar o fator preço na sua comunicação, mas a verdade é que esta é, e será durante muito tempo, uma preocupação para os consumidores. Só nos Estados Unidos, dois terços dos consumidores afirmam que a subida dos preços/inflação é a sua maior preocupação.
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