Durante as crises econômicas que acontecem de tempos em tempos, apesar de muitos perderem grandes quantias, alguns, no entanto, aumentam o seu patrimônio ou, ainda, mudam o patamar dos seus investimentos. Tudo isso porque seguiram a lógica do cisne negro. Mas o que é um cisne negro no mercado financeiro? No texto de hoje, vamos responder essa pergunta. Continue com a gente!
Cisne Negro
O cisne negro é um conceito criado pelo filósofo e escritor Nassim Taleb e que pode ser considerado como um momento de crise ou evento raro – que pode ser positivo ou negativo – de grande impacto na economia nacional ou global, bem como na sociedade como um todo.
A ideia é afirmar que, apesar das grandes proporções tomadas por tais eventos, e de só podermos compreendê-los após ocorrerem, o ser humano é capaz de se preparar para eles. Do contrário, os que não se preparam podem ser ver abalados de forma ainda mais danosa.
A principal característica do cisne negro está na imprevisibilidade do acontecimento. Outro detalhe tão marcante quanto esse é o fato de serem eventos raríssimos, na maioria das vezes, nunca antes testemunhados no mundo.
Pandemia X Cisne Negro
Os maiores cisnes negros da história e que impactaram todo o mundo foram o ataque de 11 de setembro e a crise do subprime, ambos nos Estados Unidos. Apesar da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, em 2020, não ser considerada pelo próprio Taleb como um cisne negro – uma vez que um alerta da disseminação de um novo vírus foi emitido pelo governo chinês em janeiro, o que gerou certa previsibilidade nos fatos posteriores –, a crise se encaixa como sendo um evento aleatório, de escala gigantesca, que mudou muito mais do que rotinas, mas também a vida de todos, afetando drasticamente a economia global.
Assim, em março de 2020, após a chegada massiva da doença na maioria dos países, dezenas de bolsas internacionais testemunharam um verdadeiro derretimento das suas ações. No Brasil, aconteceram seis processos denominados de Circuit Breaker, quando a Bolsa sofre uma fortíssima queda e as negociações são paralisadas.
O Ibovespa, que vinha de um ano histórico, rompendo máximas com uma velocidade incrível, teve uma queda acumulada de 36,86% entre janeiro e março de 2020, o pior trimestre da história da Bolsa de Valores brasileira, ou seja, algo nunca visto, nem mesmo, por investidores experientes, que já passaram por outros cisnes negros ao longo de sua carreira.