O investimento em diamantes e outras pedras preciosas, incluindo safiras, esmeraldas, assim como o ouro e a prata, tem como base principal o valor intrínseco. São pedras e metais de características raras e especiais que os tornam valiosos. A negociação de diamantes é um investimento de baixa liquidez e que precisa de alguns requisitos básicos para ser lucrativo, seja o acesso ao mercado ou o auxílio de profissionais habilitados.
É importantíssimo comprar pelo menor preço possível. Alguns especialistas afirmam que o lucro está na compra e não na venda. Quanto menos intermediários houverem entre você e quem extraiu a pedra, maior a chance de comprar por um bom preço. A preferência deve ser por vendedores primários, aqueles que retiram a pedra diretamente das minas. Se você comprar no varejo a preços elevados, dificilmente conseguirá ter lucro numa revenda futura.
Ao contrário do ouro e prata que são padronizados em peso e pureza, cada pedra preciosa é única e deve ser avaliada individualmente. Por isso, é importante uma ajuda profissional, tanto para caracterizar e avaliar a pedra quanto para evitar fraudes. Uma pedra é avaliada de acordo com 4 características principais, chamadas de “Quatro C’s”:
● Quilate (carat): é a unidade de massa da pedra. 1 quilate = 0,2 gramas;
● Lapidação (cut): é o corte da lapidação, redonda ou reta;
● Pureza (clarity):é a pureza interna da pedra, sua transparência;
● Cor (color): é a cor da pedra, indo desde transparente até preta. As mais valiosas são as mais transparentes.
Essa avaliação, quando feita por empresas independentes, que emitem um certificado próprio, é que irá determinar o valor da pedra ou diamante. O segredo do investimento em pedras preciosas então está em comprar pelo melhor preço possível diretamente da mineração, adicionar valor com um ótimo serviço de recorte e polimento e vender a preço próximo do varejo, seja através de joalheria ou leilão. Em geral, aguarda-se um período de pelo menos 5 anos entre o início e o fim do processo para otimizar a rentabilidade.
Atenção especial deve ser dada ao valor das pedras. Quarenta pedras de U$250,00 têm mais liquidez que uma de U$10.000,00. Claro que se você tiver acesso a um público de maior poder aquisitivo, a revenda de pedras de valores elevados pode ser facilitada.
Outro fato que ajuda na futura revenda das pedras é optar por aquelas de maior liquidez, ou seja, nada de diamantes de cores espetaculares valendo dezenas de milhares de dólares, mas aqueles transparentes, arredondados e de 0,5 a 1,5 quilates, que são negociados diariamente nos mercados desenvolvidos.
Optar por padrões de forma e tamanho já estabelecidos não só ajuda na liquidez, mas também na determinação do preço. Importante lembrar que o preço da pedra cresce exponencialmente conforme aumenta os quilates. Uma pedra de 2 quilates vale 4 vezes mais que a pedra de 1 quilate, se mantidas as demais características.
O preço obviamente é definido por oferta e demanda e nos últimos anos um fator que tem elevado a procura por diamantes foi a introdução na cultura chinesa dos anéis de noivado. Comuns no mundo ocidental, não eram costume chinês até pouco tempo. E a julgar pela elevada proporção entre homem e mulher na China, bem como a elevação da riqueza no país, os diamantes têm cada vez mais se tornado objeto de desejo das chinesas.
Em termos de oferta, os maiores produtores são Rússia, Botswana, Congo, Austrália e Canadá, sendo que a Rússia é responsável por quase 30% da produção mundial. A produção anual destes países, exceto o Canadá, tem diminuído gradativamente nos últimos anos. Portanto, o investimento em diamantes e pedras preciosas é um mercado bastante específico e com características próprias. É preciso um bom conhecimento, bem como ter acesso aos participantes deste mercado de modo a investir de maneira lucrativa.