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Um dos grandes desafios da produção agropecuária atual é produzir cada vez mais, porém sem comprometer o meio ambiente. Para isso, alguns aspectos importantes na produção da carne bovina devem ser considerados, tais como a busca pelo bem-estar animal, a conservação do solo e da água, a mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEEs) e o sequestro de carbono.


Para superar esses desafios, a Embrapa desenvolveu o conceito “Carne Carbono Neutro”, que é representado por um selo alusivo à produção de bovinos de corte sob sistemas de integração, com a introdução obrigatória do componente arbóreo como diferencial

A Carne Carbono Neutro (CCN) é uma marca-conceito desenvolvida exclusivamente pela Embrapa, sendo por isso uma marca comercial embasada em pesquisas científicas da instituição. Segundo a Embrapa, o conceito de Carne Carbono Neutro (CCN) visa atestar a carne bovina produzida em sistemas específicos de integração, por meio de uso de protocolos que possibilitam o processo de certificação.


Seu principal objetivo é garantir que os animais que deram origem ao produto tiveram as emissões de metano entérico compensadas durante o processo de produção pelo crescimento de árvores no sistema. De acordo com a Marfrig, essa é uma carne cujo processo de produção possibilita a neutralização das emissões de CO2 emitidas na criação do gado, por meio da integração de árvores e pastagem.


Para atingir o objetivo de neutralizar as emissões de carbono causadas pelos animais, a tecnologia patenteada pela Embrapa prevê a mensuração do carbono emitido e a compensação desse valor pela fixação de carbono que as árvores permitem.


O cálculo de emissões é fixado em 56 kg, 66 kg ou 70 kg de metano (CH) por animal/ano, a depender do tipo de manejo pecuário empregado. Esses são números convencionados como um parâmetro confiável — é possível medir individualmente, mas, por ser um método trabalhoso e caro, só é empregado em pesquisas científicas que demandam um nível de precisão mais sofisticado.


Em relação às árvores, deve-se quantificar o carbono acumulado no fuste (tronco) delas, o que é possível mediante um inventário florestal da propriedade, que mapeará o crescimento real das árvores e seu potencial em fixação de carbono. Uma vez que se tem em mãos esses números, eles são convertidos em CO2 , e o resultado é comparado à emissão de gases dos bovinos.


Reduzir a emissão de carbono é um dos desafios da pecuária brasileira. Neste cenário, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deu mais um passo importante em setembro de 2020, com o abate do primeiro lote de bovinos criados para a produção de carne com baixa emissão de carbono.


O Projeto Trijunção, parceria entre a entidade e a fazenda Trijunção, de Cocos (BA), começou no fim de 2017, sendo coordenado pela pesquisadora Flávia Santos, da Embrapa Milho e Sorgo.


Os cientistas trabalham para desenvolver práticas sustentáveis que permitam a intensificação da produção em solos arenosos, como é o caso de grande parte da área do projeto. Esses territórios são considerados a última fronteira agrícola do Brasil, mas muito vulneráveis à degradação.


No caso do gado de corte, está sendo validado o protocolo Carne Baixo Carbono (CBC), que valoriza sistemas pecuários sustentáveis, capazes de mitigar o metano emitido pelo rebanho durante seu ciclo produtivo, por meio da incorporação de carbono no solo. Sendo assim, a Carne de Baixo Carbono é um sistema de produção que neutraliza ou reduz a emissão de metano emitido pelos animais.


Como no Brasil a produção de carne é fortemente embasada em pastagens extensivas, a pesquisadora Márcia Silveira acredita que o Projeto Trijunção, por meio da condução dessa que é a Primeira Unidade de Referência Tecnológica em Carne Baixo Carbono da Embrapa, pode ser uma oportunidade para demonstrar a importância da recuperação e otimização das áreas de pastagens para produção animal de forma sustentável.


Os avanços com a certificação e bonificação serviriam também como incentivo para os pecuaristas adotarem o sistema. O Brasil tendo a maioria de seu rebanho criado em pastagens, pode ser líder mundial da produção de CBC, elevando a produtividade por área, aumentando lucratividade e mitigando impacto ao meio ambiente, assunto tão pertinente em dias atuais.


É o primeiro passo no caminho da eficiência produtiva que coloca na conta a qualidade do ambiente, que fica de legado para as próximas gerações. Segundo especialistas, esse é o único destino possível da pecuária.


Pecuária sustentável é o termo designado às atividades de criação de animais baseadas em técnicas que não prejudiquem ou que reduzam os danos causados à natureza. As alterações climáticas, a redução da mata nativa e a disponibilidade de água potável são os fatores que motivam a forte propagação de práticas ecológicas no meio rural.


Dentro desse nicho, um assunto preocupante é a lotação do pasto. O momento certo de aumentar ou reduzi-lo é uma tarefa complexa, pois as forrageiras possuem características distintas.


Uma alternativa para facilitar a vida do produtor rural e trazer sustentabilidade para o campo é com a Carne de Baixo Carbono, um projeto que busca atenuar a emissão de metano pelo rebanho em pastagens tropicais e/ou sistemas de ILP pelo aumento de estoque de carbono no solo, sendo um processo reconhecido, certificado e auditável.


Com o manejo adequado do sistema de produção pecuária, é possível ter 125% mais animais por hectare e um peso / ha coberto 163% maior que o manejo convencional. Tudo isso garante a qualidade do produto final, a fixação do carbono no solo e o controle das emissões de metano.


Os dados fazem parte do primeiro protocolo de produção de carnes de baixa emissão de carbono no Brasil, o Low Carbon Brazilian Beef (LCBB). A Embrapa obteve esses dados em uma Unidade de Referência Tecnológica da pecuária de corte (URT), localizada no Cerrado baiano, por meio de avaliações de estoque de carbono, ganho de peso do gado, qualidade da carne e emissão de metano.


Na avaliação realizada de carcaça e qualidade de carne animal do espaço destinado a CBC, nenhum animal apresentou carne dura. Gelson Feijó, pesquisador da Embrapa Gado de Corte responsável pelos dados, afirma que 2 a cada 3 animais apresentaram carne com menos de 7 kg, o que pode ser considerada como carne macia.


Os pesos médios de abate e de carcaça foram de 573 kg e 306 kg, respectivamente, e 100% das carcaças avaliadas apresentaram gordura mediana e maturidade de dois dentes. Ou seja, a qualidade da carne, a marmorização e a força de corte observadas estão dentro dos padrões dos sistemas de produção brasileiros e da exigência do mercado.

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