No Brasil, há dois tipos de criação: a intensiva e a extensiva. A criação intensiva é caracterizada por áreas limitadas, rebanhos pouco numerosos, alto rendimento, aplicação de métodos científicos, produção de leite e proximidade aos grandes centros urbanos.
Já a criação extensiva apresenta as seguintes características: grandes áreas, gado criado à solta, pastagens naturais, falta de técnicas avançadas de criação, baixo rendimento, produção destinada ao corte e número reduzido de cabeças por hectare. Ambas estão no auge do crescimento, de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM).
Em 2020, o crescimento do rebanho bovino foi de 1,5% ante 2019, chegando a 218.150.298 cabeças de gado. Foi o maior número de bovinos desde 2016 (218.190.768 cabeças). Esse aumento veio de duas contribuições importantes: a alta do preço do boi gordo e o crescimento nas exportações de carne. O valor é maior do que o da população brasileira.
Segundo a Embrapa, o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, representando, em 2020, 14,3% do rebanho mundial, seguido pela Índia com 190 milhões de cabeças.
Apesar de o país ser o maior produtor de bovinos do mundo, ao adicionarmos a produção de aves e de suínos, o país passa a ocupar a terceira posição mundial no mercado internacional, com uma produção que corresponde a 9,2%, em 2020, ou 29 milhões de toneladas, atrás da China e dos Estados Unidos.
Dentre os estados brasileiros, Mato Grosso e Goiás mantiveram-se com os maiores rebanhos bovinos do país e, juntos, foram responsáveis por 25,8% do efetivo nacional. Mato Grosso elevou seu efetivo em 2,3%, totalizando 32,7 milhões de animais. Goiás teve alta de 3,5% e fechou o ano de 2020 com 23,6 milhões de cabeças de gado.
Em terceiro lugar, destaca-se o Pará com 22,3 milhões, crescimento de 6,3%. Em quarto, Minas Gerais, com alta anual de 6,6% em seu rebanho, totalizando 22,2 milhões de cabeças. No entanto, o maior rebanho continua em São Félix do Xingú (PA): 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4%, no ano. Corumbá (MS) veio a seguir, com 1,8 milhão. Por fim, com alta de 11,8% em seu rebanho (1,3 milhão de bovinos), Marabá (PA) subiu da quinta para a terceira colocação.