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A filosofia Lean é um sistema de gestão que visa o aumento da produtividade e lucro por meio da eliminação de desperdícios. Esta filosofia nasceu na indústria japonesa, mas já é utilizada por grandes companhias no Brasil e no mundo, inclusive em propriedades rurais que buscam aprimorar a gestão.


Seu modo de gestão é considerado como enxuto (ou lean), ao compreendê-lo como um sistema de produção ágil, flexível, inovador e eficiente. A manufatura enxuta é incorporada na rotina produtiva das empresas complementando os avanços da indústria 4.0.


Com a automação de serviços em grande escala, a troca de dados e a remodelagem de etapas de produção e processos com uso de máquinas, inteligência artificial e computadores, é ainda mais relevante que a qualidade da gestão operacional acompanhe o ritmo dos avanços.


No Brasil, as empresas têm espaço para aumentar o uso de ferramentas, técnicas e métodos de manufatura enxuta. Segundo dados de 2019, de 15 técnicas associadas à produção enxuta, um terço das indústrias de transformação (34%) utiliza de 10 a 15 técnicas, ainda que de forma isolada, mas outros 27% não utilizam nenhuma ou utilizam até 3 técnicas.


As técnicas de produção enxuta estão, atualmente, entre as melhores práticas de gestão de operações aplicadas em sistemas produtivos, sendo determinantes para a competitividade da indústria. A falta de conhecimento das técnicas e o alto custo de implantação são as principais dificuldades para adoção das técnicas de manufatura enxuta, segundo as empresas consultadas.


A incorporação da manufatura enxuta como filosofia de gestão também pode ser uma alternativa para a recuperação e fortalecimento da indústria brasileira, que segundo os indicadores industriais de 2020, apresentou alta de 0,8% nas vendas reais na comparação com 2019.


Só no mês de dezembro de 2020 foi registrado aumento de 1,6% no faturamento das empresas em relação ao mês anterior, mostrando que a indústria produtiva vem mostrando reação durante a pandemia global por COVID-19. Em 2020 a indústria alcançou 80,6% de Utilização de Capacidade Instalada (UCI) em dezembro, acima da média do ano de 2020 (76,4%). Esse indicador traz o percentual de uso de máquinas na produção, apontando para um aquecimento das atividades.


Ainda segundo os indicadores, a geração de empregos no setor industrial cresceu 0,2% em dezembro na comparação com novembro, o quinto mês consecutivo de alta nas contratações do segmento. O número de horas trabalhadas registrou alta de 2,5%, a oitava alta consecutiva do índice, que acumula crescimento de 38% no período. Com esse aquecimento da indústria e geração de empregos é fundamental tornar a produção ainda mais eficiente.


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A pesquisa “Percepções sobre o agro. O que pensa o brasileiro”, idealizada pelo Movimento Todos a Uma Só Voz e apresentada ontem (28), em São Paulo, abordou uma uma série de questões sobre o agro e o impacto de sua imagem no setor urbano. Uma delas foi sobre as marcas mais lembradas pelo consumidor.


A pergunta “Qual é a primeira marca ligada ao Agronegócio que vem à sua cabeça”, 18% dos entrevistados citaram 10 marcas. Outros 58% citaram marcas diversas, o que mostra um ambiente pulverizado, e 24% não citaram marca alguma.


Foram entrevistadas 4.215 pessoas pela Brazil Panels, considerado o maior painel digital do país onde estão cerca de 2 milhões cadastrados ativos, seguindo o conceito de cotas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para gênero, idade, classe social (por faixa de renda familiar) e regiões geográficas. No total, as mulheres representaram 52% e os homens 48% da amostragem.


Confira as marcas mais presentes na mente do consumidor. Em primeiro lugar, a JBS, a maior companhia de proteína animal do mundo. Em segundo lugar, Ambev, a maior fabricante de cervejas do mundo. Em terceiro lugar, a Friboi, uma das seis divisões operacionais da JBS.


Em quarto lugar, a Sadia, que nasceu em 2010 com a fusão entre Perdigão e Sadia. Em quinto lugar, Bunge, uma das maiores em originação de grãos e em processamento de soja e trigo. Em sexto lugar, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que é relembrada pelos impactos das tecnologias que desenvolve e transfere à sociedade.


Em sétimo lugar, Cargill, uma das maiores tradings e também processadora de alimentos. Em oitavo lugar, Seara, processadora de alimentos. Em nono lugar, Nestlé, empresa processa alimentos infantis, bebidas, biscoitos, cafés, cereais, chocolates, sorvetes e lácteos. Por fim, em décimo lugar, Aurora, que tem criações de aves, suínos, vacas leiteiras e grãos.


Segundo a Forbes, o mundo parece estar despertando para o potencial de um grão ancestral chamado sorgo. Originário do continente africano, este grão sem glúten, também conhecido como milho da Guiné, jwari, jowar, kafir ou milo, está ganhando popularidade global em função de sua versatilidade, valor nutricional, sabor, benefícios ambientais, alto rendimento e potencial de segurança alimentar.


Tradicionalmente uma cultura esquecida, está sendo ativamente considerada como uma alternativa de menor custo ao trigo, na esteira dos eventos globais. Os Estados Unidos, por exemplo – atualmente o segundo maior produtor mundial, depois da Nigéria – aumentaram sua área de sorgo em 24%, de 2020 para 2021, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA).


Na Indonésia, a S&P Global Commodity Insights prevê que o cultivo anual crescerá para 9 milhões de toneladas no próximo ano, das atuais 1,5 milhão de toneladas, em resposta a mandatos agressivos do governo para aumentar o cultivo da safra. A Indonésia é um dos maiores importadores de trigo do mundo – com compras anuais de 10 milhões de toneladas.


No Quênia, o sorgo – o segundo cereal mais importante do país depois do milho – desempenhou um papel central em uma iniciativa de mistura de farinha conduzida pelo governo, lançada em resposta a interrupções no fornecimento de trigo e milho, bem como taxas crescentes de desnutrição.


Com um sabor que tem sido descrito como doce, suave, de nozes e terroso, o sorgo pode ser processado em cereais, mingau, farinha, pão levedado e sem fermento, bolos, bebidas fermentadas e não fermentadas, xarope e também pode virar pipoca.


Além de ser livre de glúten e seguro para celíacos, o sorgo é um excelente substituto para trigo, centeio e cevada, considerado por muitos como a farinha sem glúten mais parecida com o trigo. É rico em fibras e contém nutrientes que não são encontrados em fontes típicas de carboidratos, além de é rico em vitaminas e minerais como vitaminas do complexo B, magnésio, potássio, fósforo, cobre, ferro e zinco.


Com mais antioxidantes do que mirtilos, o sorgo pode ajudar a diminuir o risco de doenças não transmissíveis. Além disso, este grão de cereal é rico em fitoquímicos que têm propriedades anti-inflamatórias e redutoras de glicose e colesterol e é uma excelente fonte de proteína.


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