A atual estimativa para a produção de grãos no país da Companhia Nacional de Abastecimento projeta uma colheita de 270,2 milhões de toneladas para a safra 2021/22, volume que representa um aumento de 0,3% sobre o ciclo anterior.
Os dados estão publicados no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22. O acréscimo é justificado pelo aumento na área de soja e do melhor desenvolvimento no final do ciclo das lavouras, sobretudo de arroz, milho e da oleaginosa.
Já em relação ao ciclo passado, que chegou a 255,5 milhões de toneladas, a elevação atinge 14,65 milhões de toneladas, ou seja, 5,7%. A área plantada soma 73,4 milhões de hectares neste ciclo (+5,2%) e a produtividade estimada é de 3.681 kg/ha (+0,5%).
O grande destaque é para o milho, cujas projeções continuam a indicar recuperação dos prejuízos da temporada passada. Na primeira safra, os estados da região Sul registraram queda significativa na produtividade, contudo as boas condições climáticas nas demais regiões produtoras contribuíram para a manutenção da produção em patamares semelhantes ao do ciclo passado: 24,675 milhões de toneladas (-0,2%).
Por outro lado, a segunda safra de milho deve alcançar 87,69 milhões de toneladas, cerca de 44% a mais que o volume colhido em 2020/21. Da mesma forma, para a terceira safra é previsto grande incremento em comparação à safra passada (+36,3%), com produção estimada em 2,22 milhões de toneladas.
No consolidado das três safras, espera-se uma produção de milho total de 114,6 milhões de toneladas (+31,6%). As expectativas para o feijão também são positivas. Embora a primeira safra indique queda de 4,4% na produção, avaliada em 933,5 mil toneladas, a segunda safra deve registrar aumento de 23,3% no volume colhido, previsto para 1,4 milhão de toneladas, e a terceira, aumento de 2,6%, somando 800 mil toneladas.
Diante desse cenário, a soma dos três períodos produtivos resulta em uma produção de 3,14 milhões de toneladas, representativas de uma alta de 8,4% em comparação com a última safra.
O destaque negativo se mantém para a soja, cuja colheita se aproxima do fim. Apesar do aumento na área plantada, as lavouras da região Sul apresentaram forte queda na produtividade, acarretando em queda de 10,4% ou de 14,32 milhões de toneladas na produção, que está projetada para 123,83 milhões de toneladas.
As estimativas para o arroz também são negativas. As anormalidades climáticas implicaram em queda significativa no rendimento das lavouras, resultando em uma produção de 10,69 milhões de toneladas, 9,1% inferior ao colhido na última safra. Vale destacar que a previsibilidade de geadas em regiões produtoras na segunda quinzena de maio, somente terá seus possíveis efeitos quantificados a partir do 9º levantamento da safra 2021/22.
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