A soja é cultivada de norte a sul do Brasil, sendo a cultura que mais cresceu nas últimas três décadas. Muito desse sucesso deve-se ao melhoramento que permitiu a tropicalização da soja, que passou a ser cultivada com sucesso em regiões de baixas latitudes, entre o trópico de capricórnio e a linha do Equador.
Novas tecnologias têm sido fundamentais para o sucesso no cultivo da soja. Porém, o produtor precisa estar preparado para saber utilizar essas tecnologias. A tolerância a herbicidas foi uma delas, e após a soja RR, tolerante ao glifosato, novos materiais têm sido lançados apresentando tolerância a outros herbicidas.
Além disso, o produtor tem à sua disposição materiais com tolerância às principais lagartas incidentes na cultura. Na parte de químicos, também é preciso estar constantemente atualizado, pois novas moléculas são lançadas, novas misturas formuladas, novas formulações de produtos, enfim, tudo isso é avanço tecnológico.
O grande desafio que temos nesta cultura é conduzi-la dentro de um conceito de sistema de cultivo, envolvendo práticas que darão maior sustentabilidade à produção e longevidade às tecnologias atualmente em uso.
Os produtores estão cada vez mais conscientes de que precisam integrar e diversificar estratégias de manejo, visando melhorias de solo, no aproveitamento de recursos do meio, no controle de doenças, pragas, plantas daninhas, etc.
Desta forma, a soja continuará trazendo rentabilidade a muitas famílias brasileiras, e continuará sendo a principal cultura em alavancar a economia do Brasil, que logo poderá se tornar o maior produtor mundial dessa commodity.
O desenvolvimento tecnológico para aumentar a produtividade de forma sustentável tem sido uma preocupação recorrente no setor. Segundo o cientista da Bayer, Ramiro Ovejero, além da expectativa de colheita de mais sacas de soja, outras inovações também estão no radar da empresa.
“À medida que colocamos novas tecnologias, o salto de produtividade foi muito maior. Alguns agricultores já estão chegando a mais de 100 sacas por hectare e nossa expectativa é que com essas inovações, daqui há alguns anos, quando a introduzirmos, essa produtividade ou se consolide ou a gente produza mais”, destaca.
Segundo ele, esse trabalho deve ser feito de forma sustentável e que os insumos e características de cada região sejam respeitados. “Isso porque precisamos produzir comida não para daqui há dez anos, mas para sempre”.
Recentemente, a Bayer anunciou investimento de £ 24 milhões (R$ 125 milhões, na conversão direta) para a construção de novos laboratórios, estufas e compra de equipamentos em seu Centro de Desenvolvimento, localizado em Petrolina, Sertão de Pernambuco.
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