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Cientistas realizam pesquisa que sequencia genoma de fungo causador da ferrugem na soja

A ferrugem-asiática é uma praga para as lavouras do país. Na soja, ela pode levar a perdas de até 90%, enquanto os custos de manejo para os agricultores excedem US$ 2 bilhões (R$ 5,12 bilhões) por safra, somente no Brasil. Segundo a Embrapa, a ferrugem-asiática da soja foi identificada pela primeira vez no país em 2001, e a partir de então é monitorada e pesquisada por vários centros públicos e privados.


De acordo com o Consórcio Antiferrugem, essa doença, considerada a mais severa da cultura, pode causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada. Encontrar soluções que amenizem essa perda é um dos desafios para a pesquisa na Embrapa e eles não estão sozinhos. A corrida contra a doença é global.


Segundo a Forbes, recentemente, a Embrapa anunciou a publicação de um artigo com a participação dela e de outras instituições de pesquisa nacionais e internacionais sobre avanços obtidos com o sequenciamento e montagem de três genomas do fungo causador da ferrugem-asiática da soja. Essa novidade pode ajudar no avanço da compreensão da adaptabilidade desta doença que é uma das principais dores dos produtores da oleaginosa.


A pesquisa, publicada pela Science Advanced, foi realizada pelo Consórcio Internacional do Genoma da Ferrugem-Asiática da Soja, formado pela Embrapa, a Universidade Federal de Viçosa (MG) e outras 10 instituições e empresas, como as multinacionais Bayer e Syngenta.


Uma das autoras do artigo, Francismar C. Marcelino-Guimarães, da Embrapa Soja, afirma que a pesquisa descobriu que o fungo apresenta um dos maiores genomas entre os fitopatógenos. Isto significa que a sequência completa de DNA (ácido desoxirribonucleico) do organismo causador da doença possui um grande número de células diferentes, informação nova que pode facilitar o entendimento sobre o fungo.


Além de facilitar a compreensão científica sobre o fungo, os levantamentos podem ajudar empresas e agricultores a desenvolverem formas mais eficazes de manejo da oleaginosa, evitando a ocorrência e disseminação da doença.

Com o genoma mapeado, é possível analisar de forma aprofundada o contexto da doença e o histórico de mutações. Isso contribui para que haja uma antecipação às novas variações do fungo. Além disso, com essas preciosas informações, também conseguimos aperfeiçoar o manejo e as soluções contra o fungo e gerar novas ideias para o desenvolvimento de sementes com tecnologias de proteção à ferrugem-asiática.


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