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Embrapa Gado de Corte: saiba mais sobre as pesquisas brasileiras voltadas à pecuária


A Embrapa Gado de Corte é uma unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, criada em 1977, que mantém cooperação técnica com todo o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) e com instituições da Europa, América do Norte, Japão, Austrália e, especialmente, América do Sul.


O centro estabelece uma integração, na área de ensino, com instituições de formação superior e escolas agrotécnicas, interagindo também com organizações e entidades diretamente ligadas ao setor agropecuário. Localizada no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a Embrapa Gado de Corte tem sua sede em uma área de 3.081 hectares e um campo experimental com 1.612 hectares, denominado Fazenda Modelo, localizado no município de Terenos, MS.


A Unidade conta com uma equipe interdisciplinar que atua em campos experimentais, laboratórios, casas de vegetação, biblioteca, centro de informática e benfeitorias de apoio. A Embrapa Gado de Corte atua em linhas de pesquisas básicas e aplicadas com foco no desenvolvimento de tecnologias, produtos, processos e serviços para aumento da produtividade e rentabilidade da pecuária de corte brasileira de modo sustentável.


O setor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Corte está atualmente organizado em três grupos temáticos: Grupo de Produção Vegetal (GPV), Grupo de Produção Animal (GPA) e Grupo de Sistemas de Produção (GSP). Cada grupo está constituído por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e técnicos especializados, comprometidos com a qualidade e a segurança dos resultados.


Na Embrapa Gado de Corte, o Grupo de Sistemas de Produção (GSP) desenvolve atividades relacionadas a sistemas de produção sustentáveis de bovinos de corte e ovinos, com ênfase em integração lavoura-pecuária-floresta, socioeconomia, recursos naturais e mudanças climáticas.


As pesquisas voltadas ao manejo e recuperação de pastagens, emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEEs) na agropecuária, manejo florestal de produtos madeireiros e não-madeireiros, indicadores de sustentabilidade, bem-estar animal e conforto térmico, gestão de propriedades rurais, cadeias produtivas e valoração da carne e do couro, monitoramento por satélites, sensoriamento e zoneamento de risco na agropecuária, pecuária de precisão e conservação de recursos ambientais (solo, água, flora e fauna) geram informações e tecnologias que buscam melhorar a produtividade e rentabilidade dos sistemas agropecuários, no sentido de dar a estes mais eficiência e sustentabilidade.


Dentre as soluções tecnológicas desenvolvidas no projeto, está a marca-conceito Carne Carbono Neutro, que visa atestar a carne bovina produzida em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta), por meio de uso de protocolos específicos que possibilitam o processo de certificação. Seu principal objetivo é garantir que os animais que deram origem ao produto tiveram as emissões de metano entérico compensadas durante o processo de produção pelo crescimento de árvores no sistema.


Além disso, garantir, pela presença de sombra, que os animais estavam em ambiente termicamente confortável, com alto grau de bem-estar, preceitos que fortalecem a marca e que estão intimamente ligados ao marco referencial da ILPF. O lançamento oficial da marca, em 2015, foi um marco importante para a agropecuária brasileira, com repercussão nas esferas políticas e produtivas nacionais e internacionais.


A partir disso, o Estado do Mato Grosso do Sul iniciou o processo para se tornar o primeiro estado carbono neutro do Brasil e irá implantar políticas públicas para promover a marca CCN em seu território. Seu uso será validado em outros biomas brasileiros, além do Cerrado, visto que já existem tecnologias desenvolvidas e disponíveis para implantação e manejo de ILPF, considerando-se as peculiaridades de cada região.

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