Segundo especialistas, o mês de Outubro é o mais incerto do ano para os investimentos. Em 2020, isso se concretizou por conta de diversos acontecimentos, tanto estrangeiros como nacionais, e pelo impacto que o coronavírus teve na economia global.
No exterior, os olhos se voltaram para as eleições norte-americanas, que foram disputadas em novembro entre o atual presidente Donald Trump e o democrata Joe Biden. O primeiro debate foi apenas o começo de uma campanha intensa, que deve mexeu com os mercados.
A preocupação com a segunda onda de COVID-19 também foi crucial para que as bolsas operassem em queda. Muitas regiões na Europa voltaram ao isolamento e isso refletiu no mundo todo, inclusive no Brasil.
Mas o que pressionou o Ibovespa para baixo nos últimos pregões de Outubro foi o cenário interno. A apresentação do novo programa social Renda Cidadã, a ser financiado pelo valor destinado a precatórios e parte do Fundeb, fundo para a educação básica, foi mal recebida pelo mercado.
A bolsa de valores (B3), no entanto, acabou fechando outubro no negativo, com menos 0,69%, depois de passar o mês contando bons ganhos. Segundo a XP Investimentos, o índice MSCI Global caiu -3,1% no mês, mas retrocedeu -7,5% desde o pico no dia 12 de outubro. Já a Europa caiu -5,2% em outubro e -8,2% desde o pico no mês. Nos EUA, o índice S&P500 caiu -2,8% no mês e -7,5% desde o pico, no início do mês.
No Brasil, o Ibovespa seguiu o movimento global ao final do mês, recuando -7,8% desde o pico em 22 de outubro, quando o índice atingiu 102 mil pontos. No entanto, no mês, a Bolsa brasileira caiu “somente” -0,7% em moeda local e -2,7% em dólares. Já o Real continuou perdendo valor em relação ao Dólar, e chegou ao patamar de R$5,80/USD (o maior nível desde maio, quando o Dólar atingiu o nível de R$5,90/USD) e fechou o mês em R$5,74/USD.
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