O Open Investment é uma iniciativa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) que prevê a possibilidade de que os clientes autorizarem o compartilhamento de seus dados, para que seja possível oferecer melhores produtos e serviços, criar ofertas personalizadas e potencializar a inovação.
O Open Investment, assim como o Open Banking e o Open Insurance, fazem parte do Open Finance, que reúne em um mesmo ecossistema “diversas iniciativas de digitalização de serviços financeiros e um amplo escopo de dados, como os relacionados a investimentos, seguros e previdência”, explicou Campos Neto, presidente do Banco Central em entrevista recente ao portal Infomoney.
Com a proposta aprovada, entrará em fase de implementação pelo Banco Central a partir de dezembro deste ano, que vem promover a entrada de produtos e serviços inusitados, como ofertas de crédito em cima de carteira de investimento para otimização tributária, por exemplo.
O grande desafio dessa nova plataforma é aliar segurança à experiência do usuário para que o fluxo de dados, o engajamento do consumidor, a nova regulação e os integrantes do ecossistema consigam conviver e trocar informações de forma segura, afirmou Guilherme Horn, diretor de estratégia do banco BV, participante do painel Open Investment.
Os produtos que fazem parte do open investment são ações, debêntures, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), RDBs (Recibos de Depósito Bancário), LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente), cotas de fundos de investimento, cotas de fundos de índices listados em bolsas de valores, títulos públicos do Tesouro Direto, CRIs e CRAs (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio, respectivamente).
A ideia é que a implementação do Open Investment seja dividida em três fases. Na fase 1, prevista para dezembro de 2021,as instituições disponibilizam seus dados, como identificação dos produtos, taxas e validade de cada um. Já na fase 2, prevista para junho de 2022, os clientes poderão autorizar o compartilhamento de seus dados, informando o produto e o volume aplicado. Por fim, na fase 3, prevista para dezembro de 2022, poderá ser compartilhado também os dados de transações dos clientes.
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