A nutrição animal adequada é um fator chave para o aumento da produtividade de todas as espécies animais. Neste contexto, o Brasil apresenta alta capacidade em alimentar seus animais de forma barata e eficiente, atendendo todas as suas necessidades nutricionais.
Porém, este conjunto de processos em que o animal assimila os nutrientes contidos nos alimentos é relativamente complexo e, portanto, sujeito a problemas. No texto de hoje, vamos falar de pontos que atrapalham a nutrição dos gados e como solucioná-los.
Intoxicação por Ureia
Costumeiramente, a ureia é utilizada como aditivo alimentar para ruminantes, apresentando baixo custo, além de ser boa fonte proteica. Seu uso também possibilita maior aproveitamento de forragens de qualidade reduzida. Entretanto, o risco de intoxicação devido ao mau uso da ureia é grande. Assim, adotar muita cautela na formulação e oferecimento da ureia nas rações é imprescindível.
A ureia deve ser introduzida gradativamente na dieta dos animais, assim como deve-se adotar um esquema de adaptação, que varia entre um período de duas a quatro semanas, em função do nível e forma de fornecimento da ureia.
Além do mais, o total de ureia não deve exceder a 3% do concentrado ou 1% da matéria seca da ração. Por fim, a homogeneidade da mistura é importante, isso evita maior ingestão do produto por alguns animais do lote.
Acidose
A acidose ruminal é uma doença metabólica aguda, causada pela ingestão de grandes quantidades de grãos (carboidratos) ou outros alimentos altamente fermentáveis. A acidose ruminal é caracterizada por perda do apetite, desidratação, diarreia, depressão e, quando não é efetuado o tratamento curativo, pode levar à morte.
Para evitar casos de acidose, é fundamental que seja evitado o acesso acidental de animais a grandes volumes de grãos. Além disso, durante o processo de nutrição animal, deve-se adotar um bom esquema de adaptação, sendo os grãos introduzidos gradualmente à dieta do animal.
Laminite
Caracterizada por uma Inflamação aguda ou crônica das partes sensíveis do casco, a Laminite é uma doença que pode estar atrelada, principalmente, a uma nutrição animal ineficiente. Assim como a acidose, a Laminite representa uma condição normalmente associada à ingestão excessiva de grãos, embora também possa estar associada a outros fatores (genética, idade, metrite, mastite, umidade, contusão, estresse, traumas, ou quadros de toxemia).
Por ter relação direta com a nutrição animal, a laminite pode ser evitada por meio da adoção de medidas que evitem a ocorrência de acidose láctica. Para isso, deve-se ponderar um esquema apropriado de adaptação, principalmente para aqueles animais que recebem dietas com elevados níveis de concentrados.
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