Nos últimos anos, muito tem se falado sobre a agricultura regenerativa, que é um termo ligado à possibilidade de produzir recuperando os solos, com o objetivo de promover a restauração de todo o sistema de produção de alimentos.
Apesar do conceito ir na direção do que a agricultura moderna entende como ideal, o termo foi criado há mais de 35 anos, no início da década de 1980, pelo norte americano Robert Rodale ao estudar os processos de regeneração dos sistemas agrícolas ao longo do tempo.
Ele acreditava que as técnicas agrícolas modernas e os hábitos alimentares americanos deixavam muito a desejar, e via uma relação direta entre o declínio da saúde do solo americano e a saúde do povo americano - uma visão revolucionária naqueles dias.
Sendo assim, a agricultura regenerativa visa a regeneração e a manutenção não apenas das culturas, mas de todo o sistema de produção alimentar, incluindo as comunidades rurais e os consumidores.
Ou seja, a agricultura regenerativa nada mais é do que um procedimento de restauração de áreas produtivas, que atua sobre a premissa de melhorar ativamente o bem-estar do solo, os ciclos da água e do carbono, a biodiversidade, e a resiliência socioeconômica.
Estudos técnico-científicos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que o conjunto de ações, respaldado por boas práticas de manejo, traz melhorias para manter ou aumentar a produtividade das lavouras e reduzir custos no uso de herbicidas.
O correto é usar a nosso favor as técnicas da agricultura regenerativa investindo cada vez mais em métodos que nutrem e preservam os solos. Trazendo para a realidade das propriedades rurais de hoje, a conservação e o tratamento do solo têm representado aos agricultores uma forma de oferecer sustentabilidade e ao mesmo tempo produtividade ao processo de produção, revertendo-se em rentabilidade para a lavoura.
Por este motivo, o mercado de produtos biológicos e naturais (ou bioinsumos) – que atua de forma eficaz no equilíbrio do solo, vigor e sanidade das plantas, cresce de forma acelerada no Brasil, contribuindo para a agricultura regenerativa.
Isto porque o produtor brasileiro é historicamente um empreendedor com foco em sustentabilidade, o que tem sido demonstrado nas últimas décadas com a adoção de práticas como o plantio direto e a ampla adoção de inoculantes (bactérias fixadoras de nitrogênio), que economizam bilhões de dólares todo ano ao Brasil – além de retirarem milhões de toneladas de CO2 da atmosfera.
Neste momento, não seria diferente: a 3ª revolução tecnológica da agricultura, com o uso de biológicos e naturais, é liderada pelo Brasil. Com mais de 32 milhões de hectares já utilizando biológicos em larga escala.
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