No final da década de 60, o trigo era a principal cultura do Sul do Brasil e a soja surgia como uma opção de verão, em sucessão ao trigo. Em 1966, a produção comercial de soja já era uma necessidade estratégica, sendo produzidas cerca de 500 mil toneladas no país. De lá pra cá, a produção cresceu em níveis exponenciais e o Brasil lidera o ranking de maior produtor de soja do mundo, na frente, inclusive, dos Estados Unidos.
O Brasil hoje é o responsável por 83% da produção mundial de soja no padrão RTRS (Round Table on Responsible Soy Association – Associação de Soja Responsável). A RTRS é uma organização multissetorial formada pelos principais representantes da cadeia de valor da soja, como produtores, indústria, comércio, finanças e a sociedade civil.
Em 2020, a produção total foi de aproximadamente 3,7 milhões de toneladas. Nem a crise mundial do coronavírus conseguiu frear o crescimento do setor e em 2021 também apresentou perspectivas animadoras.
A região de MT/RO/PA (Mato Grosso, Rondônia e Pará) é, sem dúvidas, o grande produtor de soja certificada do país, possuindo 89 propriedades com o selo RTRS, com capacidade de produção estimada em 1,7 milhão de toneladas do grão.
Com o crescente aumento, o Brasil pode esperar notícias positivas para a próxima safra. É o que dizem os produtores que estão em época de semeadura da soja na safra 2021/22. Segundo Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado, a perspectiva é de aumento de área no Brasil, que pode chegar a 40 milhões de hectares pela primeira vez – marca que atrai atenção internacional.
Esse movimento fez com que Chicago começasse a olhar com mais atenção para a safra brasileira, deixando de lado a colheita norte-americana que deve andar sem maiores problemas.
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