O design thinking é uma abordagem mais criativa para a solução de problemas. Trata-se de repensar um problema para entender a experiência do usuário, quais problemas ele está encontrando e como podem ser resolvidos.
Já o legal design é a aplicação do design thinking ao mundo do direito. É uma abordagem com três conjuntos principais de recursos: processo, mentalidade e mecânica para uso dos profissionais jurídicos. Esse modelo envolve redesenhar os sistemas jurídicos, documentos e serviços que usamos hoje para torná-los mais humanos e centrados no usuário.
Em vez de olhar para a lei através das lentes de um advogado, o legal design considera como a lei é percebida pelo leigo e como ela pode ser redesenhada para melhor atender às suas necessidades. Ele tem a capacidade de facilitar o entendimento do nosso complexo sistema jurídico e torná-lo acessível a todos.
O legal design oferece grande liberdade de criação, infográficos, histórias em quadrinhos, vídeos, livrinhos e muito mais. Também possui uma variedade de tons, abordagens narrativas e processos que podem ser utilizados fazem dele uma ferramenta com um vasto potencial ainda não totalmente explorado.
Os documentos, processos e conceitos jurídicos são notoriamente complexos. A necessidade desse modelo decorre de um problema que é extremamente antigo e altamente relevante: como tornar as leis e regulamentos facilmente compreensíveis para as pessoas.
Quando as pessoas não entendem a lei, fica difícil se envolverem com ela e protegerem seus próprios interesses. Sem legal design, os indivíduos tendem a permanecer presos em processos que não entendem, fazendo promessas que não podem compreender e assinando contratos que nem sequer leram.
Estratégias como legal design, visual law e design thinking estão aí para provar que é cada vez mais necessário adaptar-se para atender da melhor forma.