Os investimentos atuais não se limitam apenas a títulos de renda fixa ou ativos de renda variável emitidos no próprio local. As bolsas de valores têm também mecanismos de oferecer possibilidades internacionais.
Essas alternativas são negociadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos e permitem que os cidadãos do país acessem oportunidades de outros locais. Inclusive, do Brasil. Isso sem a necessidade de abertura de capital, por exemplo. Um destes investimentos é conhecido como ADR.
Os ADR’s são “Recibos de Depósito Americano”, também conhecidos no inglês como “American Depositary Receipt”. São certificados negociáveis em bolsa, emitidos por alguma instituição financeira dos EUA. Elas representam um número específico de ações de uma empresa estrangeira, ou seja, são empresas que estão sediadas em outros países, mas têm suas ações negociadas em bolsas americanas.
Vale destacar que as ADR’s podem ser emitidas a partir de novas ações da empresa ou de ações que já estão sendo circuladas. Elas também são negociadas em dólar e a cotação é a mesma do país de origem da empresa. Em relação aos proventos, aqueles que compram as ADR’s possuem os mesmos direitos das pessoas que moram nos Estados Unidos. Existem cerca de 30 empresas brasileiras com papéis negociados na bolsa americana, sendo algumas delas muito conhecidas como AMBEV, Itaú Unibanco, Cemig, Sabesp, Petrobras e Vale.
Além disso, as ADR’s possuem 3 tipos de categorias: níveis 1, 2 e 3. A ADR Nível I é negociada apenas no mercado de balcão norte-americano (OTC). Este não pode haver oferta pública nos Estados Unidos. Por outro lado, a ADR Nível II é negociada na Bolsa Nasdaq. Esse não pode haver também oferta pública nos EUA e suas demonstrações financeiras devem estar de acordo com as normas e regras vigentes dos Estados Unidos (US GAAP – United States Generally Accepted Accounting Principles).
Por fim, a ADR Nível III é negociada em bolsa nacional dos Estados Unidos, assim como na Nasdaq. Esses são vinculados a uma oferta pública. Dentre as vantagens de comprar os ativos estão: acesso a títulos e companhias estrangeiras para maior diversificação de carteira e baixo custo na compra dos títulos.
Já os riscos são: alta volatilidade, riscos de exposição internacional e risco cambial. Por isso, é preciso colocar na balança, levando em consideração o patrimônio pessoal e os objetivos traçados, e decidir se é uma boa ideia ou não comprar ADRs.