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Os pecuaristas brasileiros que utilizam protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) contam agora com um aliado para melhorar a fertilidade do rebanho. A Embrapa desenvolveu o índice de condição corporal (iECC) que oferece informações rápidas, objetivas e confiáveis sobre o potencial de fertilidade dos animais incluídos em programas de IATF.


Com isso, técnicos e produtores poderão tomar decisões imediatas. Para facilitar o acesso a esse índice, resultado de uma série de cálculos matemáticos, a pesquisa disponibiliza uma planilha MS Excel automatizada, que pode ser baixada gratuitamente e utilizada em tempo real no curral, pelo celular. O usuário precisa apenas inserir o escore de condição corporal de cada vaca que será submetida à IATF.


O iECC de vacas de corte é inédito e faz a relação entre o escore de condição corporal (ECC) e a fertilidade de vacas de corte pós-parto submetidas aos protocolos de IATF. É um método capaz de identificar animais com maior probabilidade de prenhez e oferece uma avaliação da condição nutricional das vacas que serão incluídas em programas de IATF.


As informações que o iECC oferece podem envolver a identificação de gastos desnecessários na inseminação de animais com menor probabilidade de prenhez, ou mostrar a necessidade de investimentos em manejo nutricional para promover o melhor desempenho dos animais.


Isso porque as informações oferecidas deixam claro quais animais têm maior ou menor potencial reprodutivo, o que favorece a possibilidade de correção para que o processo tenha sucesso. Outra vantagem é que o elevado iECC também está associado à produção de carne mais sustentável, já que que com os mesmos insumos o produtor poderá produzir mais bezerros com o uso da IATF, uma vez que bezerros produzidos via inseminação artificial têm melhor eficiência do que os produzidos por monta natural.


Estima-se que 22% das vacas de corte são inseminadas nesse processo no país. Para se ter ideia, há dez anos eram cerca de 6%. Para o uso da planilha em tempo real no curral de manejo é importante que seja feito seu download com o uso da internet. Depois, ela estará disponível no computador ou celular onde foi baixada para que possa ser acessada e realizar os cálculos em modo offline.



A Embrapa Gado de Corte é uma unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, criada em 1977, que mantém cooperação técnica com todo o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) e com instituições da Europa, América do Norte, Japão, Austrália e, especialmente, América do Sul.


O centro estabelece uma integração, na área de ensino, com instituições de formação superior e escolas agrotécnicas, interagindo também com organizações e entidades diretamente ligadas ao setor agropecuário. Localizada no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a Embrapa Gado de Corte tem sua sede em uma área de 3.081 hectares e um campo experimental com 1.612 hectares, denominado Fazenda Modelo, localizado no município de Terenos, MS.


A Unidade conta com uma equipe interdisciplinar que atua em campos experimentais, laboratórios, casas de vegetação, biblioteca, centro de informática e benfeitorias de apoio. A Embrapa Gado de Corte atua em linhas de pesquisas básicas e aplicadas com foco no desenvolvimento de tecnologias, produtos, processos e serviços para aumento da produtividade e rentabilidade da pecuária de corte brasileira de modo sustentável.


O setor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Corte está atualmente organizado em três grupos temáticos: Grupo de Produção Vegetal (GPV), Grupo de Produção Animal (GPA) e Grupo de Sistemas de Produção (GSP). Cada grupo está constituído por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e técnicos especializados, comprometidos com a qualidade e a segurança dos resultados.


Na Embrapa Gado de Corte, o Grupo de Sistemas de Produção (GSP) desenvolve atividades relacionadas a sistemas de produção sustentáveis de bovinos de corte e ovinos, com ênfase em integração lavoura-pecuária-floresta, socioeconomia, recursos naturais e mudanças climáticas.


As pesquisas voltadas ao manejo e recuperação de pastagens, emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEEs) na agropecuária, manejo florestal de produtos madeireiros e não-madeireiros, indicadores de sustentabilidade, bem-estar animal e conforto térmico, gestão de propriedades rurais, cadeias produtivas e valoração da carne e do couro, monitoramento por satélites, sensoriamento e zoneamento de risco na agropecuária, pecuária de precisão e conservação de recursos ambientais (solo, água, flora e fauna) geram informações e tecnologias que buscam melhorar a produtividade e rentabilidade dos sistemas agropecuários, no sentido de dar a estes mais eficiência e sustentabilidade.


Dentre as soluções tecnológicas desenvolvidas no projeto, está a marca-conceito Carne Carbono Neutro, que visa atestar a carne bovina produzida em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta), por meio de uso de protocolos específicos que possibilitam o processo de certificação. Seu principal objetivo é garantir que os animais que deram origem ao produto tiveram as emissões de metano entérico compensadas durante o processo de produção pelo crescimento de árvores no sistema.


Além disso, garantir, pela presença de sombra, que os animais estavam em ambiente termicamente confortável, com alto grau de bem-estar, preceitos que fortalecem a marca e que estão intimamente ligados ao marco referencial da ILPF. O lançamento oficial da marca, em 2015, foi um marco importante para a agropecuária brasileira, com repercussão nas esferas políticas e produtivas nacionais e internacionais.


A partir disso, o Estado do Mato Grosso do Sul iniciou o processo para se tornar o primeiro estado carbono neutro do Brasil e irá implantar políticas públicas para promover a marca CCN em seu território. Seu uso será validado em outros biomas brasileiros, além do Cerrado, visto que já existem tecnologias desenvolvidas e disponíveis para implantação e manejo de ILPF, considerando-se as peculiaridades de cada região.


O setor de logística de e-commerce está usando uma nova estratégia para se aproximar dos clientes: o selo de carbono neutro, que compensa a emissão de gás poluente com apoio a projetos ambientais certificados. Pouca gente se dá conta, mas fazer uma compra pela internet sem sair de casa também gera poluição. A maioria dos veículos usados na entrega emite gases do efeito estufa.


Esse é só um dos setores que o selo de carbono neutro tem ganhado espaço. Ele surgiu com a carne em um momento onde o setor pecuário estava procurando formas mais sustentáveis de produzir em meio a uma equação desafiadora: a população demandando cada vez mais alimentos, energia e outros recursos, que precisam ser produzidos com cada vez menos agressividade em relação ao meio ambiente e à saúde de quem os consome.


Desenvolvida pela Embrapa, a carne carbono neutro é um selo de certificação da produção de bovino de corte em sistemas com a plantação obrigatória de árvores como diferencial. Neste sistema, as árvores neutralizam o metano entérico, exalado pelos animais e um dos principais gases causadores do efeito estufa.


A carne que contiver o selo CCN é reconhecida quanto à neutralização do metano entérico. Além disso, é uma forma de referenciar uma produção com conforto e bem-estar animal, uma vez que as árvores oferecem sombra na pastagem — o que implica dizer que métodos de confinamento não estão aptos a receber essa certificação.


Os produtores que desejarem usar o selo do conceito devem adaptar sua produção pecuária. Os principais parâmetros a serem observados são: compromisso de implantação do projeto de sistema de IPF/ILPF, avaliação técnica da emissão de carbono da propriedade, cálculo de carbono fixado na área, cálculo da neutralização das emissões e garantia do estoque de carbono.


Além do ganho ambiental, adotar o conceito CCN pode auxiliar na exportação e na possibilidade de agregar valor à carne. Isso é especialmente relevante para o mercado europeu, que é bastante exigente e que, em virtude de fatores econômicos e culturais, consegue valorizar esse tipo de produto com mais frequência do que em outros locais, a exemplo do próprio mercado nacional. A primeira linha de produtos no país com a certificação de carne carbono neutro foi lançada em 2020 e, com o tempo, se expandirá por todo o território brasileiro.



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