Em tempos de Selic em baixa, como aconteceu durante boa parte da pandemia, muitos investidores têm procurado diversificar os investimentos buscando outras alternativas de renda fixa. Entre as opções que têm chamado a atenção estão os Certificados de Recebíveis imobiliários ou CRI.
O CRI - ou Certificado de Recebíveis Imobiliários - é um investimento de Renda Fixa que capta recursos para empresas do setor. E, em troca de financiar seus projetos, o mercado imobiliário recompensa você com boa rentabilidade no longo prazo, e conta com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Sendo assim, ao investir em um CRI, o investidor está comprando uma parte da dívida de uma construtora em troca de uma remuneração em juros. Imagine uma construtora que acaba de entregar um empreendimento imobiliário. Nos próximos 10 anos, a empresa receberá parcelas dos financiamentos, mas gostaria de antecipar esses recebíveis para ter acesso imediato aos recursos.
Uma forma de fazer isso sem recorrer a um empréstimo bancário tradicional, é captar recursos no mercado, oferecendo Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) emitidos por securitizadoras. As securitizadoras são instituições financeiras responsáveis por transformar os recebíveis de uma empresa em títulos a serem negociados para investidores que buscam assumir o risco de recebimento da empresa em troca de remuneração.
Esses papéis são lastreados no direito de crédito, ou seja, no valor que a empresa tem a receber. Além disso, oferecem remunerações específicas para os investidores, de acordo com o perfil do papel.
A remuneração do CRI dependerá do fluxo definido na montagem da operação, sendo que existem muitos tipos de fluxos possíveis. Como citado, um dos mais comuns é o pagamento de juros acrescido de amortização mensal do valor inicialmente investido.
Ainda é importante salientar que o CRI pode ser de três tipos: prefixados, pós-fixados e pós-fixados + pré-fixados. No primeiro deles, a rentabilidade é definida por uma taxa fixa, ou seja, é possível saber exatamente o valor que vai receber na data do vencimento. Já no pós-fixado, a rentabilidade é atrelada ao desempenho de um indexador, como a variação do CDI. Por fim, nos pós-fixados + pré-fixados, a rentabilidade está ligada a um indexador e a uma taxa de juros fixa.